As principais fontes dietéticas de magnésio são os cereais integrais, as verduras de folhas verdes, as nozes, as frutas, os legumes e os tubérculos como a batata [1]. Por ser um macromineral, são necessárias grandes quantidades de magnésio todos os dias (mais de 100 mg/dia) para que nosso corpo funcione corretamente. De acordo com a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos), os valores de ingestão diária recomendada de magnésio no caso de adultos são de 350 mg/dia para homens e 300 mg/dia no caso de mulheres.
Durante os últimos anos, tem se observado uma redução significativa na ingestão diária de magnésio, principalmente nos países ocidentais, onde o consumo de alimentos processados é generalizado. Esses alimentos são muito pobres em magnésio, o que compromete uma ingestão adequada desse macronutriente e expõe as pessoas a um maior risco de desenvolver doenças crónicas como a resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. A deficiência de magnésio também está associada a distúrbios neuromusculares e do metabolismo ósseo, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, aterogénese e eclâmpsia [2–4].
Outro fator de preocupação é o esgotamento do solo causado pela agricultura intensiva. Com efeito, durante os últimos 100 anos, tem-se observado uma diminuição importante na quantidade de magnésio nos alimentos cultivados, o que também tem contribuído para a diminuição na ingestão de magnésio pelas populações [5]. Neste contexto, a suplementação magnésio é, cada vez mais, uma alternativa eficaz para garantir a ingestão diária deste macronutriente em quantidades normais e adaptadas às condições da vida moderna.